segunda-feira, março 28, 2005

De novo, onde é que há dúvidas?

ainda me hão de dizer se o comboio elétrico não é um transporte limpo, e se ao invés de um metro ligeiro, se investisse no comboio , este não teria uma maior capacidade de resposta face à suposta procura alardeada pela Memtro do Mondego;
Também ao prolongar a linha seria possível retirar boa parte do transito de Lousã, Góis e Arganil com destino a Coimbra.


Deputado desconfia de corte no Metro

Fonte: O Trevim

O deputado Victor Baptista entrega hoje um requerimento ao Governo a questionar se o traçado do projecto do Metropolitano Ligeiro do Mondego posto a concurso (Coimbra - Lousã) está em conformidade com a candidatura à comparticipação da União Europeia.
O líder distrital do PS/Coimbra desconfia que o processo oportunamente remetido para Bruxelas contempla o trajecto correspondente ao actual Ramal da Lousã e o anterior Governo ordenou à MetroMondego a exclusão do troço entre aquela vila e Serpins. Caso se confirme a suspeita, o processo entregue para obtenção de fundos comunitários contemplará a cobertura até Serpins, embora o concurso acabado de lançar só abranja o segmento Coimbra - Lousã.
O parlamentar também pretende saber se a dotação disponível para o projecto no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio (QCA) se limita presentemente a 55 milhões de euros (menos de metade dos 120 milhões alegadamente previstos).
Interroga-se ainda sobre a viabilidade do projecto, questionando em que estudos ela assenta ao ignorar a vontade da Câmara Municipal da Lousã na qualidade de accionista da MetroMondego.
Na última reunião da Câmara de Coimbra o vereador Luís Vilar (líder da Comissão Concelhia do PS) também perguntou a Carlos Encarnação (presidente da Assembleia Geral da MM) qual o montante das verbas disponíveis para o Metro através do III QCA. Em recente conferência de Imprensa, os administradores executivos da referida empresa consideraram ser difícil compatibilizar o figurino das parcerias público - privados por que se rege o processo do eléctrico ligeiro com a extensão do projecto até Serpins.
Segundo a MM, a “perspectiva de garantir sustentabilidade ao projecto surgiu fundamentalmente com a revisão das «Bases da concessão»”, feita pelo anterior Governo, tendo passado a “assumir a maior importância a compatibilização dos diversos modos possíveis de transporte ao logo do traçado, com os respectivos níveis esperados de procura”.
Para Machado Mariz, presidente da MM, “é incorrecto afirmar que se desconhece onde se vai arranjar dinheiro para o projecto”, sendo que o Estado se comprometeu com o financiamento até ao limite de 175 milhões de euros.
Por outro lado, o gestor entende que o próximo QCA (a vigorar a partir de 2007) “parece talhado para o projecto [do Metropolitano Ligeiro do Mondego] ao conferir prioridade aos transportes urbanos limpos”.
O presidente da Câmara da Lousã considera, por sua vez, que “ocorreu em 2004 a subversão completa da solução preconizada em 1994”. “Quem precisava de uma solução – e continua, cada vez mais, a necessitar dela – passou a ser um empecilho para o projecto”, comenta Fernando Carvalho em alusão à alegada situação de discriminação do município lousanense.
O administrador da MetroMondego Guilherme Carreira procedeu ontem, em Lisboa, à apresentação do projecto do MLM, durante o VI Congresso da Adfer, subordinado ao tema “O transporte interurbano”.
O sistema de eléctrico ligeiro destinado a servir os municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã é o primeiro em Portugal, no domínio dos transportes, cujo figurino assenta numa parceria público - privados.
O despacho conjunto dos anteriores ministros das Finanças e dos Transportes, a habilitar a MM para proceder ao lançamento do concurso, sustenta que o projecto de parceria concebido preconiza uma “adequada transferência de riscos para o sector privado”.
Guilherme Carreira fez notar que, em 10 anos, quase triplicou o número de pessoas a rumar ao concelho de Coimbra (16.000 em 1991 e 43.500 em 2001), sendo que duas em cada três (66 por cento) optam por transporte individual.
Inserida no Itinerário Complementar 2 e ligada à via de acesso ao nó de Coimbra-Sul da A1, a ponte-açude é atravessada diariamente por cerca de 75.000 veículos.

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