terça-feira, agosto 15, 2006

150 anos de quê?

Transponho um comentário recebido de P.M.Sobre os 150 anos do Caminho-de-Ferro em Portugal Não poderia estar mais de acordo.

Para que comemorar algo que se quer fazer desaparecer?

O Governo usa tácticas de terra queimada, literalmente, ao deixar o País
arder e forçar as populações a mudar de ideias a viverem no Interior...
assim deixa de sustentar escolas com menos de 10 alunos, centros de
saúde e postos dos correios para essas populações.
Para que celebrar algo que permitiria um desenvolvimento sustentável do
Interior?

Nem o TGV servirá de grande milagre... estranhamente países como França,
Espanha e Alemanha só apostaram na Alta Velocidade quando as linhas
convencionais já estavam esticadas ao máximo.
Em França e Alemanha, largos anos antes da Alta Velocidade, já se
circulavam a velocidades médias bem acima dos 160 nas linhas principais.
Em 1992, quando a Espanha inaugurou o AVE... era possível circular
sempre a uma velocidade média de 160 na Linha do Norte? Não me parece.

Vamos começar a reconstrução pelo telhado... vamos a ver a casa
depois cair nos em cima...

Summer time

Uma aparente acalmia e, no entanto, cresce a revolta, aumenta o desespero.

Agonia e impotência a rodos, condenados a uma sentença de morte lenta, asfixiando uma população...

Ai Portugal do meu Pesadelo!

Ai Povo que ainda sonhas!


...Ou, actualizando uma velha deixa, o Homem sonha, a Obra desaparece.

segunda-feira, agosto 07, 2006

coincidencia?....olhe que não..olhe que não...

O link está em cima, o curriculum em baixo e, a questões ficam no ar:

Porque tanta insistência no fecho da Linha do Tua sendo que esta serve a população, população que tenta evitar esse fecho?

Porquê a insistência na Construcção da barragem do Tua, que submergirá grande parte da Linha do Tua quando a hipótese mini-hidrícas seria mais eficaz?


PORQUÊ?!? abaixo a resposta a todas. Tacho e favores incluídos.


Mário Lino Soares Correia

Nascido em Lisboa, em 31 de Maio de 1940
Casado e pai de dois filhos

Licenciado em Engenharia Civil pelo IST - Instituto Superior Técnico, em 1965

Mestre em Hidrologia e Gestão dos Recursos Hídricos pela Universidade do Estado do Colorado (USA), em 1972

Concluiu a parte escolar e foi aprovado no exame para obtenção do grau de Doutoramento em Hidrologia e Recursos Hídricos pela Universidade do Estado do Colorado (USA), em 1972

Deputado à Assembleia Municipal de Lisboa (1994-1996)

Engenheiro Consultor, tendo dirigido e coordenado numerosos estudos e projectos nos seus domínios de actividade

Presidente do Grupo Águas de Portugal e de várias empresas do Grupo (1996-2002)

Administrador da IPE-Investimentos e Participações Empresariais, SA (1996-2002)

Sócio fundador, Gerente e Director da Impacte - Ambiente e Desenvolvimento, Lda. (1991-1996)

Presidente do Conselho de Administração da CDL - Central Distribuidora Livreira, SA (1980-1989)

Presidente do Conselho de Administração da Editorial Caminho, SA (1989-1990)

Presidente do Conselho de Administração da Editorial Avante, SA (1989-1990)

Director do Gabinete de Planificação do Ministério da Indústria e Comércio (depois Ministério da Indústria e Energia) da República de Moçambique (1977-1979)

Engenheiro do LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1965-1977)

Docente dos 1º e 2º Cursos de Engenharia Sanitária da Universidade Nova de Lisboa (1975-1976)

Docente de Cursos de Especialização do LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil e da Universidade Eduardo Mondlane, República de Moçambique

Membro fundador (1977) e Presidente da Comissão Directiva da APRH - Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (1994-1996)

Membro do Conselho Nacional da Água (1994-2002)

Membro do Conselho Regional da Água da Região Autónoma dos Açores

Membro da Comissão de Trabalhadores do LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil e do respectivo Secretariado (1976-1977)

Membro da Comissão Pró-sindical do LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1974), tendo participado activamente na organização do Movimento Sindical da Função Pública e na criação do respectivo Sindicato (1974-1975)

Presidente da Direcção da Livrelco - Cooperativa Livreira de Universitários (1966-1967)

Primeiro Vice-Presidente (1964) e Presidente da Associação dos Estudantes do IST - Instituto Superior Técnico (1964-1965), e membro do Secretariado da RIA - Reunião Inter-associações de Estudantes (1965)

Membro de diversas associações científicas e técnicas em Portugal e no estrangeiro

Autor e co-autor de livros, comunicações e artigos publicados em Portugal e no estrangeiro



Funções governamentais exercidas
Desde 2005-03-12
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações do XVII Governo Constitucional

sábado, agosto 05, 2006

Dança do Adeus?...Leiam atentamente

Tantos rodeios para fecharem mais umas linhas? EDP, tens mais uma barragenzita, cortesia de Mario Lino...vai arranjando o tacho.

Lido num fórum sobre a decisão de Encerramento do Tua, pelo ministro coisa e tal...

Triste sina a do caminho de ferro...

"Acabou de passar esta notícia.
Acompanhado de uma entrevista ao presidente JOSÉ SILVANO alguns
utentes, todos mais ou menos indignados.
O presidente de Mirandela disse(..e concordo) que se a verdadeira razão fosse o
défice
de exploração, primeiro tinham que fechar o Metro de Lisboa e do
Porto,
e insinua um favor do ministro aos interesses da EDP e da
barragem.
Dizem que a linha é utilizada em média por 300 utentes por dia.


300 passageiros(por dia na linha do Tua), assim dito pode parecer pouco.
Mas considerem que o concelho de Mirandela (cidade e freguesias
rurais) tem ao todo 11100 habitantes, Carrazeda de Ansiães e Alijó
têm, os dois juntos 15000(dados de 2001), sendo que nestes dois a
linha passa muito longe dos grandes centros.
As circulações Mirandela TUA são três ( 2 e meia, vejam o horário) em
cada sentido. Cada LRV2000 tem 48 lugares sentados.
Visto tudo isto, circulam em média cheias, ou se um horário andar
vazio, outro andará muito sobrelotado!
Já aqui se discutiu como com uma oferta diferente, o resultado para
as mesmas despesas de manutenção da linha seriam muito diversos.
Mas como diz o Poncio Meireles, não interessa nada, é para fechar!


Comento que não admira que só haja 300 passageiros por dia.
Com apenas 3 LRV em cada sentido, até me admira que a linha leve
tanta gente.
Talvez (talvez!!!!) isso queira dizer alguma coisa.
Tipo... que é necessária, e tal... para as pessoas...
Ah, pois é, já me esquecia que isso não interessa nada.

Acho tão giro quando se fecha uma linha porque “não há pessoas, não
há mercado”.
Depois criam uma ciclovia para “servir as pessoas, o mercado”.
Pois.

Mais giro que isso, só mesmo o facto de fechar linhas que, dizem,
são deficitárias - depois é que descobrem que era precisamente a
existência dessas linhas que garantia que outras linhas não eram
deficitárias.
Ou o que é que acham que vai acontecer à linha do Douro daqui a
alguns anos, se esta nova vaga de encerramentos for em frente?
Mas, lá está, isso não interessa nada, não é?


Interessa lá agora....y los ladrones siguen impunes"!!