segunda-feira, março 14, 2005

Exemplo acabado de um lobbie ao serviço do betão e afins

Ó sr M. da Luz Rosinha, então O TGV terá um efeito inaceitavel??
Então e a Gasolineira Repsol em frente à escola em Alverca, no meio de um Bairro Residencial e a desproporcionada Urbanização Malva Rosa, e a ocupação Ilegal de 10h de RAN na Póvoa de Sta Iria, e os Shoppings sem licença, não são inaceitáveis??? Já não percebo nada...(ou isso é que são amigos...) Se quiser arranja se uma lista de todas as inaceitáveis ilegalidades do concelho...Lembra se também como a população se mobilizou contra a Gasolineira que queria instalar na Quinta da Vala? e como, mesmo depois das suas ameaças, o povo ( a justiça) venceu? Sra D.M. da Luz Rosinha, seria capaz de enganar o povo, só para o por contra o TGV?

jornal Público: 14-03-05

Vila Franca quer reunião urgente para discutir traçado do TGV
Câmara diz que soluções apresentadas até agora têm impactes "inaceitáveis"
no município

Jorge Talixa

A Câmara de Vila Franca de Xira solicitou a realização de uma reunião urgente à Refer e à Rave (empresas que estão a desenvolver os estudos do traçado da rede de comboios de alta velocidade), tendo em conta as informações contraditórias que existem sobre o percurso do TGV entre Lisboa e Porto e os riscos de que os corredores em estudo tenham impactes "inaceitáveis" no município vila-franquense.
Os primeiros estudos de traçado efectuados pela Consulgal alarmaram os autarcas do concelho, porque atravessavam toda a zona ocidental do município, afectando sobretudo freguesias como Vialonga, Castanheira, Calhandriz e São João dos Montes. Na primeira, o assunto já motivou quatro reuniões com moradores que poderão ser afectados.
Maria da Luz Rosinha (PS), presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, disse, na última sessão da Assembleia Municipal, que a autarquia recebeu um pedido de informação de condicionantes enviado pela Consulgal, com base na definição de um corredor de reserva com 500 metros de largura, prevendo também uma bifurcação na freguesia da Castanheira (para ligação ao futuro aeroporto da Ota), que criaria duas faixas de reserva de 500 metros cada.
"Fiquei espantada com tudo aquilo. Se não tivéssemos emitido opinião, o traçado seria aquele e isso não era possível. Ficaríamos quase sem concelho. Era um corredor com 500 metros de largura em espaços construídos em reserva agrícola e ecológica e até em zonas de património. Pareceu-nos um absurdo de grande dimensão", vincou a autarca, sublinhando que a câmara fez sentir à Consulgal e à Refer que tal traçado não seria possível.
Na altura (final de Fevereiro), a autarca recebeu garantias da Consulgal de que se iriam estudar outros traçados mais a poente (Oeste). Posteriormente, houve um novo contacto e, segundo Maria da Luz Rosinha, já lhe foi dito que, de acordo com o plano anunciado pelo anterior ministro das Obras Públicas, António Mexia, o TGV poderia passar no mesmo corredor da actual Linha do Norte, que atravessa o município vila-franquense ao longo de cerca de 22 quilómetros, entre a Póvoa de Santa Iria e a Castanheira.

Preocupação em Vialonga
"Como se percebe, isto não tem nenhum sentido, isto não é possível", sublinhou a presidente da câmara, frisando que percebeu que os técnicos das empresas envolvidas estavam "gravemente preocupados" com a definição de traçados no concelho, até porque há dez anos que se aguardam decisões quanto à quadriplicação da linha entre Alhandra e o Norte de Vila Franca, que nunca avançou e não se sabe como vai ser feita, porque não há espaço no actual corredor.
Maria da Luz Rosinha pediu, agora, uma reunião urgente às administrações da Refer e da Rave, onde conta com a participação de eleitos das três forças representadas na câmara.
Também na freguesia de Vialonga o assunto está a motivar forte preocupação, com a junta a promover reuniões com moradores de dez localidades e urbanizações que poderiam ser muito afectadas caso se confirmassem os primeiros estudos de traçado da Consulgal.
"A Vialonga que hoje conhecemos, em especial a zona poente e a zona da serra, seria extraordinariamente afectada", sublinha Manuel Valente, presidente da autarquia local, alertando para a eventual necessidade de mobilizar a população para se opor a estes traçados.

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