domingo, dezembro 31, 2006

A tombar para 2007

Deixo um artigo postado num blog amigo . Dá que pensar mas, as sumidades que comadam este pais, não podem ser destituidas???

De que serve ter um comboio vistoso a ligar o litoral, quando o Interior e o país real morre na penuria em condições obsoletas, demorando o mesmo nas suas deslocações, que há 70 anos?? (podem também clicar no titulo para ler o original)

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Parece que o comboio de alta velocidade (TGV) é mesmo para avançar. O governo já admitiu, inclusive, que haverá um desinvestimento noutras redes ferroviárias para poder canalizar o dinheiro para o TGV (isto tudo dito com paninhos quentes, claro!).

Como se percebe, era mesmo disto que Portugal precisava: fazer com que os lisboetas consigam chegar de Lisboa a Madrid em duas horas e meia! Faz lembrar a propaganda do Choque Tecnológico, em que se anunciam pomposamente grandes inovações, mas se ignora que para a maioria tudo fica na mesma ou pior. 640 km em 2h30m é obra! Não dá é a bota com a perdigota. Vejamos porquê:

Se não fossem necessárias as quase 6 ½ horas de viagem (com mudança de comboio no Porto e na Régua) para fazer os 390 km que separam Vila Real de Lisboa…

Se não fossem as mais de 5 ½ horas necessárias para fazer os 380 km de Viana do Castelo a Lisboa (com mudança de comboio em Famalicão)…

Se não fossem as quase 4 horas que leva fazer os 370 km de Braga a Lisboa…

Se não fosse pelas 3 horas que são precisas para ir da segunda cidade mais importante do país (o Porto) até à capital (pouco mais de 300 km)…

Se não fosse pelas mesmas 3 horas que leva percorrer os mesmos 300 km de Faro a Lisboa…

Se não fosse pelas 3 ½ horas de Portalegre a Lisboa (com mudança de comboio no Entroncamento), num percurso de apenas 220 km…

Se não se precisasse das mesmas 2 ½ horas do TGV Lisboa/Madrid para fazer uns míseros 180 km entre Lisboa e Beja, ou o mesmo tempo para os 270 km que separam Aveiro da capital do Triste Império…

Se não fosse pelas 4 ¼ horas da Guarda a Lisboa (340 km) ou as 3 horas de Lisboa a Castelo Branco (230 km)…

Se não fossem as mais de 4 horas (!!!) para fazer Lisboa-Leiria nuns escassos 140 km (também com duas ou três mudanças de comboio)…

Se não fosse o facto de os habitantes de Bragança ou de Viseu, no caso de lhes apetecer, ou no caso de terem mesmo que ir a Lisboa, serem obrigados a ir de outra maneira qualquer porque comboio NÃO HÁ…

Enfim, se não fosse o facto de todas as cidades referidas não serem cidades quaisquer, mas importantes CAPITAIS DE DISTRITO…

Se não fosse por tudo isto, eu ficava orgulhosíssimo por poder fazer Lisboa-Madrid (640 km!!!) em duas horas e meia. Mas como preciso de ir mais vezes a algumas das cidades referidas do que a Madrid; como milhares de portugueses, tal como eu, precisavam era de se deslocar dentro do país com maior rapidez; como ando muito de comboio e vejo que não falta gente a fazer o mesmo que eu, pelo que não é por falta de clientes que as linhas ferroviárias nacionais não se modernizam; como, mais uma vez, o governo do pseudo-engenheiro prefere beneficiar meia dúzia de gente abastada (que até pode ir para Madrid de avião ou num dos inúmeros carros com motorista pagos pelos nossos impostos) ao mesmo tempo que, com o desinvestimento nas linhas nacionais, prejudica milhares de portugueses que pagam impostos… Em suma, como a realidade que temos é esta e com tendência a agravar-se, por causa de um suposto défice que parece não afectar megalomanias como a do TGV, o que sinto não é orgulho, mas antes, uma vez mais, uma profunda vergonha e tristeza por ter nascido português. blog: bananas da républica

sábado, dezembro 16, 2006

Lousã...100 anos depois.

publico alguns links de imprensa que reflectem este aniversário; E o que se passou até cá chegarmos.

Transcrevo alguns parágrafos. Para refletir, mas não não desistir. Vencidos nunca!!

Fernando Carvalho acredita que o tram-train é a solução de futuro

“Uma visão exclusivamente saudosista”

Defensor convicto da implementação do tram-train no centenário ramal, o presidente da Câmara da Lousã, Fernando Carvalho considera que a circulação de composições ferroviárias pesadas – como as que circulam actualmente –, o transporte de mercadorias, o prolongamento do Ramal da Lousã até Góis e Arganil ou a sua ligação à rede ferroviária nacional “é uma visão exclusivamente saudosista”. Campeão das províncias...não referiram que houve até um projecto de prolongamento para Gouveia.


Entre 1907 e 1927, o prolongamento da linha para lá de Serpins, apesar de pensado e tentado, nunca veio a ser concretizado. A ligação ferroviária à vila de Serpins ainda avançou, com o troço a ser inaugurado a 10 de Agosto de 1930, depois de ter consumido os cerca de 10 milhões de escudos orçamentados para levar o caminho-de-ferro até Arganil.
Ligação privilegiada para centenas de pessoas dos concelhos da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra que, diariamente, usam o comboio como meio de locomoção entre a sua residência e o emprego, estima-se que o Ramal da Lousã seja utilizado anualmente por mais de 100.000 passageiros. idem.

A CP decidiu oferecer uma prenda aos clientes do Ramal da Lousã, que
hoje comemora os cem anos passados desde a inauguração: os
passageiros poderão viajar gratuitamente nesta linha, entre as zero e
as 24 horas de hoje, desde que ostentem um autocolante que estará
disponível nas bilheteiras.
"Siga viagem com a CP".Publico

A Câmara Municipal da Lousã também comemora o centenário do ramal.
Entre as 15h e as 16h será descerrada uma placa comemorativa, no
Largo da Estação da Lousã, numa cerimónia em que participam
filarmónicas do concelho e de Arganil e a Comissão de Utentes do
Ramal da Lousã, que vão desfilar até aos paços do concelho.Publico.

Milhão e meio
de passageiros/ano
Segundo uma nota divulgada pela CP, o actual serviço de transporte ferroviário no Ramal da Lousã movimenta um milhão de passageiros por ano. O transporte de mercadorias, designadamente materiais de construção e madeiras da serra da Lousã (em grande parte destinadas à indústria de celuloses para papel) foi abandonado pela CP nos anos 90. As Beiras




Arganil, Góis...Morreram na praia!


Long Live Linha da Lousã, no que quer que te venhas a tornar...

sexta-feira, dezembro 15, 2006

A Linha da Lousã faz 100 anos !

Num ano de aniversários, para esta Linha será o principio do fim ?

Vamos à festa?

Lousã e Miranda do Corvo, 10 de Dezembro de 2006

Centenário do Ramal da Lousã

Cidadãos assinalam chegada do comboio a Miranda e Lousã

Confraternização inclui homenagem a José Vitorino Sousa, que foi porta-voz da Comissão de Utentes do Ramal da Lousã (CURL), falecido este ano.

Um grupo de entusiastas do comboio, cidadãos defensores do Ramal da Lousã, realiza no dia 16 de Dezembro, na Lousã, um almoço de confraternização comemorativo do centenário da linha ferroviária.

Na ocasião, será homenageado José Carlos Vitorino de Sousa, que foi porta-voz da CURL, falecido em Abril passado.

Integram a organização a Comissão de Utentes e o Movimento Cívico de Lousã e Miranda do Corvo, associando-se à iniciativa o cantor Ramiro Simões e os habituais promotores das viagens de comboio especial pelo país, com passagem pela Baixa de Coimbra.
O almoço decorre no restaurante “O Gato”, junto à Câmara da Lousã, às 13:00, permitindo, assim, que os participantes possam assistir, na Lousã e em Miranda, às actividades comemorativas dos 100 anos da linha, promovidas pelas autarquias locais.

Ao longo de 2007, o mesmo grupo de amigos do Ramal da Lousã organiza um conjunto de outras acções públicas alusivas à efeméride.

Já está confirmada a apresentação, na Lousã, Ceira e Miranda, da peça de teatro Dois homens esperam um comboio”.
A apresentação deste trabalho, da autoria do encenador Leandro Vale, que há 50 anos foi um dos fundadores do Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), está prevista para Fevereiro.

Trata-se de uma produção do Teatro em Movimento.
Os interessados podem inscrever-se, até dia 14, junto de:

Dalila Salvador ou Jorge Caetano (da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo) – 239 530150
e Bernardino Nunes – 91 9298475

Jaime Ramos
Victor Ferreira
Carlos Fraião
Bernardino Nunes

sábado, dezembro 02, 2006

Bem vistas as coisas...


neste pais, pequeno, com manias de grandeza er soluções anedóticas de poupança de enrgia, bem como taxação de energias renováveis, e isenção de poluentes, as coisas continuam a fazer-se de forma provinciana, como se de uma grande familia (política?) se tratasse;

E, tendo-se no feudo, o povo sob controlo, evita-se de forma sagaz,qualquer aspiração de liberdade e mobilidade;

É pois óbvio que qualquer alteração ao proposto, no sentido de beneficiar o povo, daria lugar a uma instabilidadfe que poderia recuperar as vias indicadas;

Falo das linhas de via estreita de Trás -os-Montes, esse território esquecido, recentemente bafejado por esse icone do progresso chamado A7...

Recordo um ditado:

- A via de entrada é também a via de saída;

"para quer querem o comboio se agora teem a auto-Estrada?? "

Imagino-me a fazer esta pergunta a um idoso de vila Pouca...

Falando ainda da linha do Corgo,fala-se na reabertura da via entre a acdtual estação e a estação de Abambres nos arredores, criando assim um sistema de mobilidade parecido com o de Mirandela;

Pessoalmente não penso que isso vá suceder pelo que expus atrás, a reabaertura ainda que parcialmente saberia sempre a pouco e, não tardaria a que fosse pedida a reabertura até Chaves...ou quanto muito até Vila Pouca de Aguiar.

Se houver milagres,a favor da população,apoiarei incondicionalmente a reabertura da linha do Corgo;


Sejamos fortes, sem nunca perder a esperança;

(creditos da imagem a: http://chavesantiga.blogs.sapo.pt/arquivo/2005_04.html )