quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Vai uma bocadinho de chantagem psicológica sobre o Povo do Vale do Mondego?

Artigo de " As BeirasOnline de 22.02.05 .

Visivelmente, o tacho para o Tram Tram deve ser memso muito apetecivel,só lamento o adormecimento da População. .



22-02-2005


Encarnação critica Fernando Carvalho


Carlos Encarnação irritou-se com o que leu nos jornais, acerca do lançamento do concurso do metro. E diz que o presidente da Câmara da Lousã está a fazer “birra”.

A ideia de transformar o ramal ferroviário da Lousã numa linha de metropolitano de superfície tem uma década de avanços e recuos. Ontem, finalmente, o concurso público internacional foi lançado, depois de “duríssimas” negociações da empresa MM - Metro Mondego, SA (onde as autarquias de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo estão representadas) com a Parpública, que analisou os interesses do accionista Estado. Tudo isto foi explicado e anunciado anteontem, pelo conselho de administração da MM.
Ocorre que, nas notícias publicadas, o presidente da Câmara de Coimbra leu uma generalizada visão negativa. E leu também – aqui sem lugar a grande subjectividade – a declaração do seu homólogo da Lousã, Fernando Carvalho, no sentido de inviabilizar o concurso, por excluir o troço Lousã–Serpins. Da mesma forma, deve ter ouvido ainda a autarca de Miranda do Corvo dizer, na Antena 1, que deverá decidir no mesmo sentido.
Na conferência de imprensa de ontem, porém, Encarnação apenas qualificou a posição de Fernando Carvalho: “É uma birra inaceitável”. Mais: explorando a questão territorial, o autarca de Coimbra acentuou a incongruência da Lousã, até porque Coimbra e Miranda do Corvo “poderiam fazer as mesmas exigências em relação às suas áreas”, o que originaria um impasse ainda mais complexo.

Visões negativas
são “caricatas”
Não foi o que sucedeu. Pelo contrário, o projecto está lançado e as demolições avançam no próximo mês na baixa de Coimbra, lembrou Encarnação, lamentando: “Tratar isto como se qualquer coisa de negativo acontecesse é, no mínimo, absolutamente caricato”.
Mas foi no plano económico que Carlos Encarnação se baseou. Sublinhando a dureza das negociações, acentuou a importância capital de ter–se chegado a um a um ponto de equilíbrio económico do projecto e a um traçado que serve a imensa maioria da população dos três municípios e da mobilidade dos seus cidadãos. Ora, este ponto “não é facilmente ultrapassado”, advertiu o autarca.
Neste contexto, Carlos Encarnação voltou a assumir o ponto–chave da divergência com Fernando Carvalho: os seis quilómetros da ligação Lousã–Serpins “não se justificam”, desequilibrariam, de forma irremediável, a moderação do tarifário e seriam “uma irracionalidade económica”.
Portudo isto, então, Encarnação entende que, “se o projecto não avançar, quem fica prejudicado é Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã”. Isto porque “há um compromisso para servir os três concelhos e os três estão servidos, mas não toda a área [destes municípios]”, garantiu.
Sobre a determinação imposta pelos termos do concurso de, no troço do actual Ramal da Lousã entre esta vila e Ceira (Coimbra), serem apresentadas outras “soluções tecnológicas”, alternativas ao eléctrico rápido, o autarca frisou tratar–se de uma “hipótese residual”.
“Todas as soluções tecnológicas podem ser apresentadas, mas não são mais do que uma mera hipótese. Não é verdade que esteja em causa o que quer que seja, a não ser a ligação Lousã/Serpins”, sustentou ainda o presidente da Câmara de Coimbra. Na sua perspectiva, Fernando Carvalho “deve repensar a sua posição”, em nome do interesse das pessoas da Lousã”.

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