domingo, fevereiro 06, 2005

Como é Carnaval...ninguem leva a mal...(mas é patético)

Lembro-me que o objectivo, nunca poderá ser atingido,nem daqui a 15 anos, enquanto a Operadora tiver uma administração política, e uma gestão baseada em tachos (400x cerca de [no minimo, 3.000€....] vejam só o prejuizo que a Operadora n tem!!!)

Será sim atingido, quando os administradores forem nomeados ,independentemente da cor politica, pelo seu "know -how", e pelas suas capacidades. E a Operadora for gerida por objectivos, e com forma a rentabilizar TODAS as Linhas,[ mesmo as turisticas, algumas delas encerradas, que podiam muito bem ser reabertas] com serviços realistas e de encontro às verdadeiras necessidades do povo que deviam servir.


A noticia:

CP Quer Ser o Melhor Operador Ferroviário da Península Ibérica

Por CARLOS CIPRIANO
Sábado, 05 de Fevereiro de 2005
Ser o operador líder do sistema de mobilidade em Portugal no ano 2010
é o grande objectivo estratégico da CP, que pretende nessa altura não
estar dependente do Estado e ser competitiva, tanto nos passageiros
como nas mercadorias. No final de 2009, segundo o presidente da
empresa, António Ramalho, a CP deverá valer 3,2 mil milhões de euros,
o que implica uma redução de custos e um aumento da oferta face ao um
maior estímulo da procura.
administração fez ontem, no Estoril, uma reunião de quadros, com o
objectivo de os motivar para os desafios da liberalização no sector
ferroviário, que começa com as mercadorias em 2007 e se amplia aos
em 2010. Nessa altura, a CP terá de ter as contas em dia,
por imposição das próprias directivas comunitárias que exigem
menos ajudas dos Estados-membros às empresas públicas ferroviárias, e
arrisca-se ainda a sofrer a concorrência de novos operadores. Mas
António Ramalho pôs, desde já, a fasquia alta - criou um "programa
líder 2010" para que a sua empresa seja, naquele ano, "o operador
líder do sistema de mobilidade em Portugal" e o melhor transportador
ferroviário da Península Ibérica.

Para atingir isto, a CP deverá "reforçar a sua quota de mercado e a
sua rentabilidade no negócio dos passageiros", aumentar a sua
importância na cadeia logística no transporte de carga e "contribuir
para a sustentabilidade económica e ambiental do país".
Ramalho considera três sectores estratégicos dentro da sua empresa: os
serviços partilhados (vulgo serviços centrais), as unidades de
negócios (CP-Lisboa, CP-Porto, CP-Longo Curso, CP-Regionais, CP Alta
Velocidade e CP-Carga) e um centro corporativo que deverá procurar
novas formas de relacionamento com os clientes, "alinhar a organização
de acordo com critérios de produtividade", melhorar a gestão do
material circulante e também "normalizar e contratualizar a relação
com a Refer".

As relações entre as duas empresas melhoraram no último ano, mas o
presidente da CP quer renegociar a taxa de uso (portagem ferroviária)
e quer também uma maior percentagem nas receitas dos espaços
publicitários nas estações, cuja parte de leão pertence à Refer.
Mais:
António Ramalho quer que o gestor da infra-estrutura compense a CP
pelo encerramento do túnel do Rossio.
Verdadeira pedra basilar da nova estratégia é a aposta na marca CP e
nos seus produtos (Alfa Pendular e Intercidades, por exemplo) através de uma intensificação da comunicação e "marketing". A este respeito, e
conhecidos os controversos oito milhões de euros que a empresa vai
investir nesta área em 2005, que terão suscitado críticas por ser o
triplo do habitual, o presidente explicou que não era nenhum exagero,
pois era normal as grandes empresas investirem três a 10 por cento das
suas receitas em "marketing".

Para poder crescer nos próximos cinco anos a uma taxa média de 24,8
por cento e reduzir os seus prejuízos operacionais de 174,8 milhões de
euros, em 2004, para 42 milhões, em 2009, a CP deverá ainda "ajustar a
sua oferta comercial" apostando em ofertas especiais e no segmento de
mercado dos homens de negócios. Espera também potenciar a inovação com
o cliente com a instalação de Internet nos comboios e maior sinal de
telemóvel, bem como aumentar a integração bilhética (hoje dispersa
entre distintas unidades de negócio, o que cria verdadeiros
anacronismos) e a venda de bilhetes pela Internet. Outra promessa: A introdução da figura do provedor do cliente.

A grande surpresa da sessão de ontem (falhada a presença do ministro
António Mexia) foi a presença do administrador da TAP, Fernando Pinto,
que contou a sua experiência na transportadora aérea. A sua
intervenção foi a mais apreciada pelos cerca de 400 quadros da CP
presentes, talvez devido à ênfase que ele colocou no conhecimento e
partilha de objectivos por todos os colaboradores da empresa.
Respondendo a uma pergunta de António Ramalho sobre quais os três
actos de gestão mais importantes que permitiram "o 'clic' da mudança"
na TAP, Pinto respondeu: "motivação do pessoal, motivação do pessoal,
motivação do pessoal".






A CP E O FUTURO
RESULTADOS OPERACIONAIS
2004 -174,8
2009 -42
PROVEITOS
Carga Passageiros
2004 68,5 171,9
2009 127,9 231,2
(em milhões de euros)
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