segunda-feira, julho 17, 2006

É isto a Democracia em Portugal??!!

Terça-feira, 2 de Maio de 2006

AO POVO DO VALE DO TÂMEGA

Manifestemos a solidariedade à população de Passos e ergamos a luta geral da Região contra o desastre terceiro mundista que é o aterro sanitário de Codeçoso
O PCTP/MRPP manifesta a solidariedade à população da freguesia de Passos, em Cabeceiras de Basto, que tem sido alvo de represálias do autarca Joaquim Barreto por causa da derrota eleitoral que o partido socialista sofreu nesta freguesia, nas últimas eleições autárquicas. O nosso Partido repudia também as acções de repressão e intimidação levadas a cabo pela GNR que entrou nesta guerra ao lado de Barreto e nunca mais deixou a população de Passos em paz.
O PCTP/MRPP denuncia que o autarca Joaquim Barreto pôs em marcha, logo após as eleições autárquicas, um plano que visa humilhar a população de Passos que cometeu o acto heróico de correr com o PS da junta de freguesia. Começou por não receber o presidente da junta e não entregar as chaves da junta e dos portões de acesso, avisou que Passos não vai receber qualquer verba ou apoios da câmara e selou o rol de patifarias, retirando à junta a posse do edifício que foi sede da junta até às eleições autárquicas. Associadas à guerra de Barreto estão também as ilegalidades da junta anterior que rasgou parte das folhas do livro de actas e desapareceu com uma quantidade de cheques, facto que obrigou ao cancelamento da conta bancária da junta. Foi esta situação de total bloqueio ao funcionamento da junta que levou o povo de Passos para a luta, impondo o boicote eleitoral nas eleições presidenciais.
O cerco à freguesia montado pela GNR e a repressão usada sobre o povo, só vem provar que vivemos sob ditadura. Os factos falam por si. Este é o país dos ditos democratas que permite e tolera que o concelho de Cabeceiras de Basto viva sob a lei do medo e da coacção psicológica sobre o povo e que sejam utilizados métodos ditatoriais para perseguir e tirar do caminho os cidadãos que são incómodos ao presidente da câmara, incluindo os do seu partido.
O PCTP/MRPP não deixa, também, de lembrar que a opressão e o abuso de poder autárquico existe em toda a região e, por isso, a luta pela liberdade deve ser geral. O concelho de Celorico de Basto está nas mãos do PSD e, também, não faltam casos de represálias e perseguição, que o digam os trabalhadores da autarquia que sofreram processos disciplinares por participarem nas listas dos partidos da oposição. Para se conseguir licença para construir casa e outros serviços da autarquia, é obrigatório ser amigo ou da cor política do presidente da câmara, Albertino Mota e Silva, de quem não se pode esquecer as atitudes ditatoriais quando pediu, por telefone, que silenciassem o site de Amigos que apoiam a linha do Tâmega e silenciou o fórum do site da autarquia, retirando as mensagens de protesto que lhe foram enviadas por ter aterrado a linha em Codeçoso.
O PCTP/MRPP lembra que a opressão e o abuso de poder autárquico na região aumentou em larga escala e atravessa os partidos da área do poder. Os que não são poder e têm representação nas assembleias municipais, têm coabitado em paz com estas práticas. Isto é a prova que o conluio é geral e explica por que foram aprovadas nas assembleias municipais duas decisões criminosas que destruíram o bem-estar das populações e o futuro da região, exactamente o encerramento da linha do Tâmega e a construção do aterro sanitário de Codeçoso. Convém lembrar que o encerramento da linha do Tâmega foi aprovado em 1984 e até os revisionistas do PCP se mantiveram durante anos caladinhos e esconderam do povo esse protocolo. A verdade é como o azeite, vem sempre à tona. Encerraram a linha do Tâmega para fecharem a região ao mundo e transformaram-na num vazadouro dos lixos que o país produz, pois para cá vêm parte deles porque há poucos ou nenhuns municípios que os queiram por serem altamente perigosos. Barreto, Albertino e companhia foram os testas de ferro escolhidos pelos seus partidos para imporem a lei do medo e sufocarem a revolta do povo. Até enviaram expressamente da capital para a região o bombeiro e “expert” Marcelo Rebelo de Sousa para dar apoio em situações de alto risco. Convém lembrar que Marcelo nunca respondeu ao repto lançado pelo nosso partido sobre as razões da sua candidatura à assembleia municipal de Celorico de Basto, como também recusou debater com a comissão de defesa da linha do Tâmega, CDLT, o futuro da linha.
Está explicado o porquê dos autarcas não quererem nada com o projecto de Graham Garnell para a reabertura da linha, como está explicada a histeria da destruição da linha. Também é importante que o povo da região saiba que os aterros sanitários são hoje um negócio mafioso e sem escrúpulos, funcionam em roda livre sem qualquer controlo ou fiscalização porque as empresas que produzem os lixos perigosos dão todos os milhões que lhes pedirem para se verem livres desses lixos. É uma mina de ouro que enche os bolsos dos autarcas, os cofres das autarquias, e é também uma das grandes fontes de financiamento dos partidos. Essa é a razão da cumplicidade e do total secretismo que envolve o funcionamento do aterro. Quem lá trabalha está proibido de falar sobre o tipo de lixos e qual a sua proveniência.
O PCTP/MRPP exige a intervenção urgente dos delegados de saúde de Celorico de Basto e Amarante. Queremos que divulguem publicamente relatórios sobre o grau de poluição do ar irrespirável que afecta de forma dramática as populações de Codeçoso, São Pedro de Aboim e Chapa, os perigos para a saúde pública que são a praga de insectos e a contaminação das águas subterrâneas e de superfície que circulam nestas zonas habitacionais.
O PCTP/MRPP reafirma, uma vez mais, todo o seu empenho na luta pelo bem-estar das populações, como na luta em defesa da linha do Tâmega, como também estamos na luta, desde o início, contra o aterro. Podem estar certos os responsáveis por estes crimes que a luta vai subir de tom e que um dia irão responder por tudo isto. O nosso partido apela à juventude para ser a portadora da mensagem de luta e contestação em cada casa e em cada lugar ou freguesia. O povo e a juventude devem impor a sua democracia e traçar o rumo que interessa ao povo.
Este poder autárquico representa o regime da exploração. Vivem para o tacho e a corrupção. Destruíram o bem-estar das populações e o futuro da região.
A luta e a contestação são o caminho.

O POVO VENCERÁ!
O Núcleo de militantes e simpatizantes do
PCTP/MRPP do Vale do Tâmega
MAIO 2006

Sem comentários: