sábado, março 25, 2006

é oficial e provado...

Palavras para quê...são artistas portuguesesa demonstrar que bem que sabemcumprir a tarefa que lhes foi dada, de acabar com o caminho de ferro em Potugal!! Eis os resultados das suas políticas....Só ainda hão de explicar não a mim, mas ao povo, onde é que uma quebra acentuada é uma vitória... atente-se abaixo e atente-se à manifestação marcada para Outubro para "celebrar" os feitos destes obnóxios.

Está Convocado!!


CP perdeu quase três milhões de passageiros em 2005
PUBLICO
24.3.06
CARLOS CIPRIANO

Resultados ficaram aquém dos objectivos do plano estratégico Líder
2010.
A CP perdeu 2,9 milhões de passageiros em 2005, tendo transportado
menos 2,2 por cento de clientes do que no ano anterior. Em termos
absolutos, viajaram nos comboios da empresa 130,6 milhões de pessoas
em 2005, uma queda face aos 133,5 milhões transportados em 2004.
Em termos de passageiros-quilómetro (número de passageiros vezes os
quilómetros percorridos, ou PK), a redução foi de apenas 0,1 por
cento, o que significa que os clientes da CP terão sido menos, mas
viajaram em distâncias maiores. Segundo a União Internacional dos
Caminhos-de-Ferro (UIC), a transportadora portuguesa registou nos
dois anos um valor de 3,4 mil milhões de PK.

Este resultado fica abaixo da média europeia, cujas companhias
ferroviárias registaram um aumento da procura de 1,6 por cento. À
cabeça encontram-se os caminhos-de-ferro da Estónia, com um
crescimento de 29,6 por cento, seguidos dos irlandeses (12,6 por
cento) e lituanos (10,4 por cento).

Com sinal contrário perderam mais passageiros do que Portugal as
ferrovias da Polónia (-10,1 por cento), Letónia e Hungria (ambos com
uma redução de PKs de 3,4 por cento). Os caminhos-de-ferro franceses
e alemães tiveram um aumento da procura, respectivamente, de 3,3 e
2,5 porcento.

Para a CP, estes resultados "invertem a tendência de redução que se
vem registando desde que iniciou autonomamente a operação de
transporte ferroviário, após a separação da gestão da infra-estrutura
(Refer)", de acordo com um documento enviado ao PÚBLICO. A empresa
destaca o bom desempenho da sua unidade de negócios de Longo Curso,
que teve um aumento de 12 por cento de passageiros-quilómetro, devido
sobretudo ao desempenho do serviço Alfa Pendular.

Nos serviços urbanos, a CP refere "o crescimento de procura na linha
da Azambuja, em Lisboa, com mais 7,3 por cento de passageiros-
quilómetro, e nos serviços urbanos do Porto, com um acréscimo na
ordem dos 9,3 por cento, que atenuou as perdas naturais decorrentes
do encerramento do túnel do Rossio".

Estes valores, contudo, ficam aquém dos objectivos da CP inscritos no
seu Plano Estratégico Lider 2010, que prevêem um crescimento da
procura de 2,3 por cento ao ano entre 2004 e 2010. A empresa
beneficiou no ano passado de uma conjuntura favorável - o aumento do
preço dos combustíveis que fez muita gente regressar ao comboio - bem
como da conclusão das obras do eixo atlântico, que permitiu lançar
uma boa oferta entre Braga, Guimarães, Porto, Lisboa e Algarve.

O serviço regional, que é prestado na maioria das linhas férreas do
país, em especial no interior, foi o grande perdedor em termos de
passageiros e de receitas, numa estratégia que visa responsabilizar o
accionista da CP (Estado) pela sua subsidiação. A empresa tem
prejudicado aquele serviço, preferindo concentrar-se no longo curso e
em segmentos com maior potencial de receitas.

Mercadorias crescem 6,2 por cento

Melhor desempenho teve o transporte de mercadorias, que cresceu 6,3
por cento em 2005, embora o Líder 2010 tenha previsto um aumento de
10,6 por cento. Ainda assim, a CP foi das transportadoras
ferroviárias com maior crescimento na Europa (cuja média foi de -3,6
por cento), com uma evolução igual à da sua congénere da Lituânia e
só ultrapassada pela Estónia (7,8 por cento) Alemanha (7,1 por
cento), Letónia (7 por cento) e pela OSE, uma empresa ferroviária
privada britânica (6,3 por cento).

O pior desempenho neste segmento foi dos caminhos-de-ferro
luxemburgueses e irlandeses, com perdas de 29,9 e 24,1 por cento,
respectivamente. A Franca perdeu 9,8 por cento de toneladas-
quilómetro no ano passado.

Leiria Pinto, administrador da CP com o pelouro das mercadorias,
disse ao PÚBLICO que estes bons resultados se deveram a uma maior
agressividade comercial da empresa na procura de mais clientes e a
uma melhor eficiência na gestão da oferta ferroviária da CP-carga.

Por outro lado, em ano de seca e com as barragens em baixo, aumentou
o transporte de carvão para a Central do Pego (mais seis por cento
face a 2004), bem como de rações para gado devido à falta de pasto.
Daí que o transporte de cereais tenha aumentado 16 por cento, embora
o produto que mais circulou nos carris portugueses tenha sido o
cimento (dois milhões de toneladas em 2005).>
No tráfego internacional de mercadorias, a CP teve um dos piores
desempenhos, com uma quebra de 17 por cento de toneladas-quilómetros,
enquanto a espanhola Renfe só desceu 0,3 porcento.

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