segunda-feira, junho 20, 2005

Porque será que não me causa Surpresa?

Mais uma vez, não me surpreende que a CP, cheia de "problemas técnicos" em que o unico perdedor é o Cliente,brindado com um serviço cada vez mais ineficiente,tenha tanta dificuldade em por em marcha a hercúlea tarefa de alterar horários.
Será uma grande mudança;Será para melhor, ou será....
Agora ser melhor operadora Ibérica por este andar é que...(ah ah ah ah....tava mesmo a precisar de me rir um pouco).

De seguida noticia do Público de 20.06.05

CP falha nova oferta ferroviária ainda em Junho
PUBLICO 20.6.05

CARLOS CIPRIANO
Novos horários dos comboios já foram adiados seis vezes

A CP adiou para o fim deste ano a entrada em vigor de uma nova oferta
ferroviária que anda a ser preparada há oito meses e já teve seis
datas previstas. Até há poucos dias a meta era 26 de Junho.
A empresa nunca se comprometeu publicamente com nenhuma data e o seu
porta-voz, Rui Lucena Marques, disse ao PÚBLICO que apenas "existe um
conjunto de simulações e estudos de alterações de horários que estão
a ser alvo de uma análise pormenorizada", não havendo ainda "nenhuma
tomada de decisão".

Contudo, a oito dias da data marcada para adaptar a sua oferta
comercial, a empresa não tem preparada nenhuma campanha publicitária
para informar os seus clientes. O orçamento previsto para 2005 em
comunicação e imagem é o maior de sempre da história da CP - oito
milhões de euros.

Os novos horários estiveram previstos inicialmente para 14 de
Dezembro, mas foram adiados para 9 de Janeiro. Seguiram-se 27 de
Fevereiro e 6 de Março, até que se assentou a data de 19 de Junho
como definitiva. Finalmente, adiou-se para 26 de Junho e agora só
para Dezembro.

Ainda este mês deverão ser feitas apenas alterações pontuais,
sobretudo na linha do Norte - em virtude das obras de modernização a
cargo da Refer - e na linha da Beira Baixa, que está electrificada
até Castelo Branco desde o início de Junho, mas na qual circulam
ainda comboios a diesel. A mudança de tracção para locomotivas
eléctricas permitirá reduzir em 15 minutos o tempo de trajecto entre
aquela cidade e Lisboa.
No resto do país estava previsto o reforço do ramal da Lousa com
automotoras com mais capacidade e a introdução de melhor material no
serviço regional do Alentejo. O comboio azul Porto-Faro deveria
passar a ser feito via Lisboa e não por Beja e no Algarve a CP tinha
a intenção de introduzir horários cadenciados (implicam a passagem
aos mesmos minutos em cada estação).
Os Intercidades para Faro deveriam servir Setúbal e na linha do Douro
a Régua veria aumentar de um para três o número de Intercidades para
o Porto.

Protestos dos autarcas

Uma das maiores alterações estava prevista para a linha do Minho,
onde haveria mais comboios entre Viana do Castelo e Nine, mas à custa
da supressão de comboios directos para o Porto. Uma medida polémica,
já tentada há seis meses, mas que desencadeou os protestos dos
autarcas locais.
Outra alteração controversa é o fim dos comboios regionais entre
Aveiro e Porto, cujas estações intermédias ficariam a ser servidas
apenas pelos suburbanos. Deste modo, de Coimbra para o Porto,
qualquer passageiro que não viajasse de Alfa ou Intercidades seria
obrigado a fazer transbordo em Aveiro.
As rupturas de cargas são, aliás, uma constante na actual oferta da
CP. De Leiria para Lisboa é preciso mudar três vezes de comboio,
tantas como daquela cidade para o Porto. De Torres Vedras para Sintra
é necessário apanhar três comboios. E quem vem de Évora para o
Barreiro é obrigado a mudar no Pinhal Novo.

Na Beira Baixa, o serviço regional de Castelo Branco para Lisboa
obriga a dois transbordos e no Douro a empresa estuda a possibilidade
de fazer parar os comboios em Caíde, onde os passageiros da Régua
mudariam para o Porto.

O presidente da empresa, António Ramalho, anunciou em Fevereiro
passado que o grande objectivo estratégico da CP para 2010 é ser " o
operador líder do sistema de mobilidade em Portugal e o melhor
transportador ferroviário da Península Ibérica". •

E pensarque há 30 anos ser ferroviário era um modo de vida...e chegava a todo o Portugal.

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