terça-feira, dezembro 14, 2004

eis um exemplo de como tudo começa...contestação...encerramento...desculpas....e os inevitáveis autocarros..

População de Serpins contra encerramento da via férrea

Líder do Grupo de Cidadãos admite formas de luta radicais, como o corte de vias
Presidente da Junta de Freguesia diz que está em causa o desenvolvimentoJoaquim Almeida"Queremos aqui o metro ou o comboio. Queremos evoluir". Esta é a exigência unânime da população de Serpins, concelho da Lousã, face a notícias que dão conta da intenção do Governo de encerrar o troço ferroviário entre Lousã e Serpins.
Em declarações ao JN, o presidente da Junta de Serpins, João Pereira, afirmou que "é o desenvolvimento que está em causa". "Se não houvesse caminho de ferro, Serpins não era o que é. Ainda acredito que as pessoas responsáveis não tenham uma visão tão curta, porque Serpins sem caminho de ferro é como um animal castrado".Segundo o autarca, "a luta vai ser nas instituições, mas se isso for esgotado ponderaremos outras tomadas de posição, com conta e medida".Mais clara, a presidente do Grupo de Cidadãos da Lousã, Lurdes Alves, diz que a população está disposta a adoptar formas de contestação radicais contra a intenção do Governo de reduzir o metro ligeiro de superfície no concelho.

"Há uma grande consternação perante o anúncio da medida. As pessoas sentem-se revoltadas e enganadas e estão prontas para equacionar formas de luta radicais, como o corte de vias ferroviárias e rodoviárias", disse à Agência Lusa. Na semana passada foi tornada pública uma nota conjunta dos secretários de Estado do Tesouro e das Finanças e dos Transportes e Comunicações, determinando a exclusão do troço de cinco quilómetros entre Lousã e Serpins da rede do futuro metro ligeiro de superfície, "impondo uma solução rodoviária complementar" ao referido segmento. A população não quer perder um transporte com o qual convive há cerca de 100 anos. Bruno Carvalho vive na Lousã e trabalha em Serpins e defende a ferrovia. "Há muita gente para quem o comboio é o transporte diário", acrescentando que "não tem jeito nenhum haver metro só até à Lousã ".Emília Martins é mais céptica e até considera que "não vai haver metro nem em Coimbra nem em Serpins". "A linha está aberta até aqui, portanto tem que haver comboios", sustenta António Alvelos. E questiona "Como seria depois o transporte? De autocarro?" "Fica mais longe e demora mais tempo. A estrada não presta e é perigosa", concluiu.Comissão de Utentes e PS acusam o GovernoA Comissão de Utentes do Ramal da Lousã (CURL) afirmou-se, ontem, "contra o encerramento do troço Lousã-Serpins", referindo que "o metro é pretexto para matar alegremente o ramal da Lousã". Ao exigir a "preservação e modernização da ferrovia, no seu todo e sem batotas", o CURL defende que as câmaras da Lousã e Miranda do Corvo "devem abandonar de imediato a Metro Mondego e exigir uma solução justa ao próximo Governo".

Também o PS de Coimbra acusou, ontem, o Governo de discriminar o concelho da Lousã, ao pretender suprimir o troço entre a vila e Serpins. "O Governo subverte a origem e a causa da implementação do metro, sem o mínimo respeito pelos autarcas", disse o presidente da Distrital de Coimbra do PS, Victor Baptista. Referiu que esta exclusão do troço Lousã/Serpins constituiu "um pretexto para o Governo não lançar o concurso do metro".

2 comentários:

Anónimo disse...

uau!!! finalmente um blogue sobre comboios...:P

Anónimo disse...

E que tal postarem qq coisa? Nâo ha bolgs, ams há foruns, bastante animados por sinal :P