domingo, agosto 07, 2005

Vamos todos e em peso! Depende de nós!

Dia 13 de Agosto pede-se que compareçam junto ao antigo Apeadeiro de Lourido na Linha do Tâmega, concelho de Celorico de Basto.

Comunicado da Comissão de Defesa da Linha do Tâmega de seguida. Porque depende de nós!Pela linha do Tâmega!

Dia 13 de Agosto - 15:00Horas

Encontro com a Comunicação Social, com os grupos parlamentares e as candidaturas às Eleições Autárquicas pelo concelho Celoricense, junto ao antigo Apeadeiro de Lourido, no concelho de Celorico de Basto.

A CDLT vem, junto dos órgãos de Comunicação Social denunciar que o anúncio feito à Comunicação Social pelas Câmaras de Amarante e Celorico de Basto de que vão avançar com a destruição da linha do Tâmega e construir a chamada Ciclovia, colheu esta organização com a maior surpresa e grande estupefacção.

A CDLT denuncia que, a ser verdade as autarquias terem conseguido luz verde da Secretaria de Estado das Obras Publicas, Transportes e Comunicações para executarem os protocolos que lhes permite destruir a linha e construir a Ciclovia, tratar-se-á duma decisão da maior gravidade que só pode ser interpretada como uma confrontação com a luta e os interesses das populações e também uma cedência sem limites aos caprichos e ditames dos Autarcas, sabendo e conhecendo o governo e respectivos órgãos de soberania o que tem sido o comportamento dos Autarcas da Região em todo o processo da linha do Tâmega, arbitrariedades, ilegalidades, abuso de poder autoritarismo e despotismo, não se esperavam decisões deste tipo em época de eleições e passados apenas 3 meses do episódio fascista protagonizado pelo autarca de Celorico de Basto, Albertino Mota que, para silenciar mensagens em defesa da Linha do Tâmega, as eliminou no Fórum do site da Autarquia, e também fez telefonemas para silenciar pessoas que se tinham solidarizado com a CDLT.

Também não se esperava esta atitude do Governo de José Sócrates depois da CDLT ter decidido desmarcar uma manifestação que estava agendada para o mês de Março pelo motivo de que o Governo ainda tinha acabado de entrar em funções.

A CDLT denuncia que a insensibilidade dos Governos do PS para a questão da linha do Tâmega e a luta das populações já vem de longe. Tem a ver com o protocolo de 1985 que contempla o encerramento da linha do Tâmega e foi acordado pelo então Ministro dos Transportes, Eng." Rosado Correia e cujos dirigentes locais do PS nunca se quiseram desligar nem denunciar, tudo fizeram para que as populações abandonassem a luta, como também é do conhecimento publico o episódio da entrega do Museu Ferroviário de Arco de Baúlhe à Autarquia de Cabeceiras de Basto no ano de 2000 quando era 1º Ministro o Eng. Guterres. O Museu foi retirado da esfera da CP por pressão do Autarca Cabeceirense, Joaquim Barreto. O objectivo foi afastar do Museu o ferroviário que também era porta-voz da CDLT.

O Governo do Eng." José Sócrates tomou-se porta-voz da ilegalidade, do arbítrio e da prepotência e vai ter que explicar às populações do Vale do Tâmega como é que declaram legais os protocolos que as Autarquias assinaram com a REFER e que foram considerados ilegais e sem qualquer valor pelo Governo do PSD-PP.

Foi essa a interpretação manifestada à CDLT pelo adjunto do Sr. Secretário de Estado das Obras Publicas Transportes e Comunicações Dr. João Pedro Castro quando concedeu à CDLT uma audiência em 27 de Maio de 2004.

Nessa audiência fomos informados que esses protocolos nem sequer tinham passado pela Secretaria de Estado como também foi considerado ilegal o levantamento dos carris que originou a suspensão do Eng. da REFER.

Também é importante que o Governo saiba que a intervenção da Secretaria de Estado se deveu às preocupações manifestadas pelo Sr. Presidente da Republica, que depois de ter analisado uma exposição enviada pela CDLT denunciando as graves ilegalidades cometidas pelos Autarcas no processo da Linha do Tâmega decidiu pedir a intervenção e a marcação da audiência.

A CDLT contesta também a afirmação do Autarca de Amarante que disse aos órgãos de comunicação social que o projecto turístico da Linha do Tâmega não era economicamente viável.

A CDLT denuncia que este autarca e os restantes sempre se opuseram à reabertura da Linha e sempre impuseram como única alternativa a Ciclovia e nunca aceitaram sequer discutir o projecto nem com o Sr. Ghram Garnel.

Quanto ao projecto, ele foi apresentado em 1992 e foi defendido ao longo dos anos pela ADESCO (Associação para o Desenvolvimento do Vale do Douro e Vale do Tâmega) como único projecto capaz de viabilizar economicamente a região.

A CDLT denuncia também que, até hoje, os autarcas não se dignaram responder ao repto lançado pela CDLT para explicarem aos cidadãos do Vale do Tâmega o tipo de benefícios económicos e desenvolvimento económico e social que a chamada Ciclovia vai trazer para a região. Também não responderam o porquê de terem recusado associar-se ou dar um tostão que fosse para o Projecto de reabertura da linha e têm milhões para a Ciclovia e para recuperar todo o património que com a sua atitude obrigaram a que ficasse ao abandono e ao vandalismo provocando a sua destruição ao longo destes 15 anos.

A CDLT reafirma que a atitude do governo não vai calar a luta das populações e assim esta comissão marca para o próximo dia 13 de Agosto, pelas 15 horas um encontro com a Comunicação Social, com os grupos parlamentares e as candidaturas às Eleições Autárquicas pelo concelho Celoricense, junto ao antigo Apeadeiro de Lourido, no concelho de Celorico de Basto.

Vamos mostrar como vivem isolados e abandonados os cidadãos desta aldeia depois de lhe ter sido tirado o comboio e nem sequer lhes terem garantido a ligação à aldeia por autocarros tal como tinham avisado e garantido os autarcas no chamado Acordo de Braga de 1998.

Pela defesa da linha do Tâmega, do bem-estar das populações e pelo desenvolvimento integrado da Região.

Celorico de Basto, 26 de Julho de 2005.

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